Wednesday, July 27, 2011

Vírus assassino descoberto na África do Sul em 2008

it says: no photos!

Lembrei desta notícia publicada no jornal O Globo e que encontrei reproduzida no site da Universidade Federal do Ceará. Fala das mortes provocadas anos atrás por um virus até então desconhecido. Também cita um caso de morte por virus misterioso no Brasil, vale pesquisar as consequencias.


Descoberto novo vírus hemorrágico letal
Universidade Federal do Ceará, Jornal O Globo 5/11/2008

Um novo vírus que causa uma febre hemorrágica letal foi descoberto no sul da África. Ele matou quatro pessoas na África do Sul e deixou mais uma doente. Porém, autoridades de saúde sul-africanas dizem que o surto está controlado, segundo o jornal “New York Times”. Vírus hemorrágicos — dos quais o Ebola é o mais conhecido — são temidos devido à elevada taxa de mortalidade. Se não forem identificados depressa, costumam ser letais.

O vírus identificado agora é da família dos arenavírus, conhecidos causadores de febres hemorrágicas, principalmente na África e na América do Sul. Exemplos são as febres de Lassa, do oeste da África; Machupo e Guanarito, ambas sulamericanas.
Muitos desses microorganismos permanecem misteriosos anos após terem sido descobertos.

No Brasil, o arenavírus Sabiá matou uma mulher em SP em 1990 e desapareceu sem que sua origem na natureza tenha sido identificada.

A descoberta de vírus que infectam animais não é um evento incomum. Um exemplo é um vírus de febre aftosa identificado no mês passado em cabras da Suíça. Porém, é relativamente raro descobrir microorganismos que causam doenças fatais em seres humanos, como o coronavírus que provocou a síndrome respiratória que se espalhou pela Ásia em 2002. Estudos recentes, no entanto, indicam que o número de doenças infecciosas tem crescido nas últimas décadas, possivelmente em função da globalização (que facilita viagens) e do aumento da população.

Ninguém sabe ainda como a primeira vítima do novo vírus foi infectada.
Porém, os arenavírus são comuns em roedores. A urina seca desses animais se mistura à poeira e pode transmitir o vírus, se inalada.
A descoberta foi confirmada pelo Instituto Nacional de Doenças Transmissíveis da África do Sul e pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA.

A primeira vítima chamava-se Cecilia van Deventer, uma vendedora de viagens em Lusaka, na Zâmbia. Ela adoeceu em 2 de setembro e foi levada de avião para Johannesburgo, na África do Sul.
Aparentemente, Cecília transmitiu a doença para Hannes Els, o paramédico que a acompanhou na viagem, e Gladys Mthembu, a enfermeira que a atendeu na Clínica Morningside, em Johannesburgo.

A quarta pessoa a morrer foi Maria Mokubung, a faxineira que limpou o quarto onde Cecília faleceu, em 14 de setembro. Segundo jornais sul-africanos, a morte de Maria inicialmente teve erro de diagnóstico, porque ela tinha tuberculose e meningite, e já estava muito fraca e confusa quando sua família resolveu buscar socorro. A quinta pessoa a adoecer sobreviveu. Ela é a enfermeira que cuidou de Hannes Els. A mulher ainda está muito mal, mas tem respondido ao tratamento com a droga ribavirina.

A doença começa com sintomas semelhantes aos da gripe, como febre e diarréia. Em seguida aparecem manchas como as do sarampo. A próxima fase é a hemorragia que leva a colapso respiratório e circulatório.
Autoridades de saúde da África do Sul disseram que não houve casos novos, mas elas ainda vão esperar até o fim do mês para considerar o surto definitivamente debelado.

Será difícil localizar a origem do vírus. O corpo de Cecília foi cremado e Zâmbia não guardou amostras de seu sangue. Amostras de tecidos das outras vítimas só podem ser retiradas em laboratório de segurança máxima e o único na região está fechado.
(O Globo, 5/11)

Fonte: Jornal da Ciência 3636, 06 de novembro de 2008.


Recentemente o medo de uma epidemia desconhecida foi retomado pelo ocorrido na Alemanha e Europa, onde uma bactéria que ataca e destrói os rins causou várias mortes. Na época epidemias e surtos causados pelo virus Ebola, fungos ou bactérias desconhecidas ainda causavam mais temor, dando origem a livros e filmes sobre o tema. Um cenário de calamidade pública e de saúde digno do apocalipse com os microscópicos sinais do fim do mundo exterminando e martirizando pessoas, cidades e civilizações.

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