Sunday, February 27, 2011

Barulho misterioso no interior de São Paulo


chora cavaco, upload feito originalmente por chamarelli.

Dia 9 de fevereiro um barulho estranho e misterioso foi ouvido na região de Bauru no interior do Estado de São Paulo. Ao lado de relatos fantásticos de bolas de fogo, clarões de luz e meteoros, muita gente acreditou em terremoto mas os sismógrafos no Brasil não detectaram nada. Segue notícia no site G1.

Moradores de municípios de São Paulo sentem tremor de terra
G1 - 9/2/2011

Pessoas ouviram um ruído forte nesta terça-feira (8/2/2011). USP, UnB e Unesp não registraram o tremor na região.

Moradores de nove municípios da região Oeste do estado de São Paulo sentiram um possível tremor de terra nesta terça-feira (8/2/2011). Apesar dos depoimentos, a Universidade de São Paulo (USP), a Universidade de Brasília (UnB) e a Universidade Estadual Paulista (Unesp) não registraram a ocorrência.

O possível tremor foi sentido em Boracéia, Borebi, Agudos, Pederneiras, Barra Bonita, Bariri, Lençóis Paulista, Piratininga e Bauru, esse último município localizado a 379 km de São Paulo. Em Agudos, uma das cidades em que a perturbação foi mais sentida, moradores afirmaram que escutaram um ruído forte, como se fosse um trovão ou uma explosão.

Na zona rural da região, alguns agricultores ainda contaram que viram uma espécie de bola de fogo, o que poderia ser um meteorito, mas nada foi encontrado. Defesa Civil e bombeiros estiveram nos locais onde houve relatos do tremor e também não localizaram nada.


O site 94 FM de Bauru/SP tb publicou uma reportagem sobre o barulho misterioso na cidade.

Moradores de Bauru e outras três cidades sentem tremor por 10 segundos
94 FM, 9/2/2011 - Adaptado de Folha Online

Tremor atingiu Agudos, Pederneiras e Borebi na tarde desta terça. Moradores de Bauru e outras três cidades sentem tremor por 10 segundos. Tremor atingiu Agudos, Pederneiras e Borebi na tarde desta terça quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011.

Moradores de Bauru, e ao menos outras três cidades da região sentiram um tremor leve por volta das 15h desta terça-feira (08.02). De acordo com a Defesa Civil de Bauru, moradores da cidade e também de Agudos, Borebi e Pederneiras ficaram assustados e entraram em contato com o Corpo de Bombeiros para obter informações.

"Temos apenas relatos das pessoas, nenhuma informação oficial, mas sabemos que não foi nada significativo", afirmou o coordenador da Defesa Civil Álvaro de Brito.

Morador de Bariri diz ter visto meteoro na hora do tremor

De acordo com ele, além da sensação de tremor alguns moradores notaram lustres balançando e portas vibrando. A ocorrência teria durado cerca de dez segundos e não se repetiu durante a tarde.Não houve registro de danos em nenhuma das localidades.

A Polícia Militar de Agudos confirmou que moradores constataram o tremor.

O Observatório Sismológico da UnB (Universidade de Brasília) afirmou não ter nenhum registro do evento até o final da tarde de hoje. O pesquisador George Sand França não descartou, no entanto, a possibilidade de ter havido um tremor. Segundo ele, uma nova verificação será feita nesta quarta (09/02/2011) e poderá apontar uma eventual ocorrência.O USGS (Serviço Geológico dos Estados Unidos) registrou nesta terça um tremor de magnitude de 5,4 no Atacama, Chile. Como reflexo, o serviço aponta São Paulo como uma das áreas atingidas.

A rádio FM ouviu alguns moradores e publicou os arquivos em audio em seu site.

Tremor desta terça (8/2/2011) foi causado por um meteoro, revela morador de Bariri
94 FM - 9/2/2011

José de Carvalho Campos estava em Ourinhos e diz ter visto o meteoro quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011.

O transportador de cargas, José Antonio de Carvalho Campos disse nesta manhã (09.02) que o tremor sentido na tarde de ontem (08.02) foi causado por um meteoro que caiu na região.

Ele viajava entre Ourinhos e Bariri e avistou um forte clarão. Quando olhou para o céu, viu uma grande "bola de fogo" caindo em direção à Terra.

Segundo o transportador, o fato ocorreu por volta das 15h desta terça. (...)

A ouvinte Cristiane de Oliveira, que mora em Bauru, afirma ter visto um clarão por volta das 15h quando andava pela Azarias Leite, no centro da cidade.
Outros internautas confirmaram a versão, relatando que também viram um clarão no mesmo horário.

A repórter Maria José entrevistou o Professor de Geofísica do Departamento de Geofísica da Universidade de São Paulo, USP, Marcelo Assunção, que não descarta a possibilidade de ter havido um pequeno tremor de terra na região. (...)

A repórter Maria José também entrevistou o coordenador da Comissão Municipal da Defesa Civil, Álvaro Brito, sobre a possibilidade de ter caído um meteorito aqui por dentro.

Brito também explica como as pessoas devem se comportar caso de deparem com uma pedra vinda do espaço. (...)

Ouça os arquivos de áudio no site da rádio.


Dias mais tarde, estranhamente, na cidade de São Paulo, próximo ao bairro de Higienópolis, um estrondo assustador foi ouvido por cerca de 5 segundos. No Twitter, blogueiras conhecidas e moradoras do local @rosana e @claraaverbuck relataram o momento exato do som misterioso: 10h15 de 22/2/2011.


Além da incerteza e mistério, fenômenos desta natureza no Brasil causam preocupações, pois todo mundo sabe que somos um país despreparado para terremotos, abalos sísmicos e desastres naturais de grandes proporções. Sinais do fim do mundo cada vez mais próximos.

Esvaziamento de usina nuclear no Irã


Nuclear Winter in Chernobyl, upload feito originalmente por Stuck in Customs.

Notícia ontem na Folha.com fala de uma suposta contaminação no combustível em usina nuclear no Irã. Menciona tb um possível ataque de vírus de computador, um dado preocupante de guerra cibernética justamente em um momento que as relações do Irã com Israel e EUA são muito ruins. Até os navios de guerra iranianos que vão participar de exercícios militares na Turquia podem levar a desconfiança e piorar o clima.

Irã confirma esvaziamento da usina nuclear Bushehr
26/2/2011 - Folha.com - Da Reuters, em Teerã

O Irã confirmou neste sábado que irá remover todo o combustível de sua primeira usina nuclear, sinalizando que enfrenta mais problemas com o reator de Bushehr, construído pela Rússia, após décadas de atrasos.

O enviado nuclear do Irã, Ali Asghar Soltanieh, afirmou à agência de notícias ISNA que engenheiros russos responsáveis pela construção da usina no Irã recomendaram o esvaziamento do combustível para a realização de testes. O chefe da unidade afirmou que a remoção aconteceu por motivos de segurança.

Uma fonte a par do assunto afirmou que o combustível foi esvaziado sob a suspeita de que partículas metálicas do antigo aparelho usado na construção da usina, de quase 30 anos de idade, tinham contaminado o combustível.

"Estamos falando de partículas de cerca de 3 milímetros de diâmetro", afirmou a fonte, que preferiu permanecer anônima. Segundo a fonte, o esvaziamento pode levar seis dias.

A Agência Internacional de Energia Atômica (UM órgão da ONU), que mencionou o problema com o combustível em um relatório confidencial, ao qual a Reuters teve acesso na sexta-feira, irá supervisionar o procedimento, afirmou Soltanieh.

Um funcionário do Irã afirmou este mês que deveria haver uma investigação acerca do ataque da usina pelo vírus de computador Stuxnet, supostamente uma tentativa dos inimigos do Irã de sabotar o programa nuclear. Segundo ele, é preciso ver se o incidente causou danos à usina de mil megawatts.

O pronunciamento ocorreu após o embaixador russo da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) afirmar que o vírus poderia ter provocado um desastre nuclear das proporções do acidente de Chernobyl, ocorrido na Ucrânia em 1986, então parte da União Soviética.



Wednesday, February 23, 2011

Planeta Nebiru aparece faltando 666 dias do fim do mundo?


Sun storm, upload feito originalmente por 89AKurt.

Hoje faltam exatamente 666 dias para o dia 21/12/2012, data do fim do mundo anunciado pela profecia do calendário Maia. Acompanhando pelo Twitter e MSN Messenger, muitas pessoas passaram o dia conversando e refletindo sobre a a data, prazo cujo numeral carrega um simbolismo demoníaco, bíblico e hollywoodiano. Além do número fatídico a quase histeria coletiva em torno do assunto nas redes sociais e na internet foi a suposta notícia da confirmação do planeta Nebiru, que estaria anunciado na profecia maia.

Pesquisei e encontrei essa notícia publicada hoje no site da Agência Prensa Latina:

Cientistas analisam possível existência de novo planeta

Washington, 23 fev (Prensa Latina) Cientistas da NASA analisam os dados obtidos pela sonda WISE, que permitirão confirmar ou descartar a existência do planeta Tyche, um hipotético mundo localizado na nuvem de Oort.

Os primeiros resultados estariam prontos em abril próximo, mas não será até 2012 que darão a versão final, indicou a agência espacial estadunidense.

Tudo começou faz uns poucos meses, quando a revista científica Icarus publicou um artigo no que se anunciava a presença de um astro desconhecido, maior que Júpiter, que foi batizado como Tyche.

No entanto, terá que esperar para conhecer se isto é verdadeiro, ademais que os pesquisadores consideram complicado certificar sua existência, já que se trataria de um mundo demasiado frio, difícil de detectar por telescópios de luz visível.

Daí a esperança posta em WISE, um laboratório espacial da NASA, lançado em dezembro de 2009, que procura a abóbada celeste em quatro longitudes de onda infravermelhas.

Até o momento WISE tem capturado milhares de imagens de objetos espaciais, incluídas galáxias e cometas, além de um exame completo do cinto de asteróides.


A hipótese é que a onda de boatos sobre a confirmação do planeta Nebiru (tb conhecido como Nibiru, Neberu ou relacionado ao Planeta X anunciado pela Nasa) possa ter surgido daí e de eventuais notas que replicaram esta notícia. Muitos blogs e tumbls inclusive anunciavam a hora exata do avistamento do novo planeta como sendo as 6h00 colocando como fonte uma foto do satélite do Google. Além do vistoso número fatídico na contagem regressiva para o fim do mundo, claro.

Tuesday, February 22, 2011

Baleias encalhadas antecipam terremoto na Nova Zelandia



Notícias de ontem anunciaram que 107 baleias piloto foram encontradas encalhadas em uma praia no sul da Nova Zelandia. Video com reportagem da TV Record reproduzido no portal R7 - Cerca de cem baleias morrem em praia da Nova Zelandia - mostra a tragédia, tb conhecida como suicídio de baleias, onde turistas encontraram 50 baleias já mortas, as outras foram sacrificadas por equipes enviadas ao local.

Hoje um terremoto de magnitude 6,3 graus na escala Richter atingiu a região, causando destruição na cidade de Christchurch (Igreja de Cristo em português). Noticia no O Globo Online - Terremoto na Nova Zelandia deixa 65 mortos - anunciou as primeiras vítimas do desastre.

Aparentemente o encalhe das baleias anunciou o terremoto, uma teoria indiana reproduzida no site IPS (abaixo) liga as alterações nas placas tectônicas a alterações eletromagnéticas e consequente embaralhamento dos sentidos dos animais marinhos. Neste caso o termo suicídio coletivo anunciando terremoto não se aplicaria, pois não indicaria um comportamento voluntário.


Animais para prever terremotos
Malini Shankar

Bangalore, Índia, 17/2/2011, (IPS) - Não há consenso entre os especialistas quanto à confiabilidade na previsão de terremotos a partir do comportamento de mamíferos marinhos.

Os céticos costumam considerar essas afirmações como conjecturas. “É impossível estabelecer uma ligação definitiva entre animais perdidos e calamidades naturais, apesar da grande quantidade de dados reunidos”, afirmou Mridula Srinivasan, bióloga marinha e pesquisadora da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos. “Os mamíferos encalham por diversas razões”, disse.

O decano da Academia Médica K. S. Hegde, na costa oeste da Índia, Arunachalam Kumar, está convencido de que quando um mamífero marinho fica perdido na costa é sinal de que haverá um terremoto. Arunachalam previu um terremoto, que provocou um tsunami em dezembro de 2004, e o anunciou em um grupo de discussão eletrônico da Universidade de História Natural de Princeton, nos Estados Unidos, três semanas antes de acontecer.

“Minha observação, confirmada ao longo dos anos, de suicídios maciços de cetáceos mostra que o fato está relacionado com modificações nos campos eletromagnéticos e com possíveis realinhamentos das placas tectônicas”, escreveu Arunachalam em uma análise de 2009 sobre as baleias encalhadas em novembro de 2004 na costa da Tasmânia, na Austrália. “Após calibrar os epicentros com as datas em que animais aparecem perdidos, tenho razões para afirmar que os grandes terremotos ocorrem uma ou duas semanas depois de os cetáceos encalharem”, acrescentou. O terremoto de 9 graus na escala Richter de 26 de dezembro daquele ano causou um tsunami no Oceano Índico que deixou 230 mil mortos.

“Não creio na teoria sobre uma ligação entre mamíferos perdidos e a ocorrência de desastres naturais”, afirmou o oceanógrafo indiano Sarang Kularni. “Quantos animais ficam perdidos sem que ocorra um sismo?”, perguntou à IPS. Contudo, “no dia do tsunami da Ásia, os cães de rua de Port Blair, nas Ilhas Andamán, estavam muito quietos, submissos e assustados, e me seguiam de uma aldeia a outra”, reconheceu.

“Várias baleias encalharam na costa da Nova Zelândia no dia 20 de agosto de 2010, um anúncio de que haverá um grande terremoto, em terra ou no oceano, dentro de duas a três semanas”, escreveu Arunachalam em seu blog três dias após o encalhe. “No final deste mês ou começo do próximo haverá um terremoto no arquipélago indonésio”, previu. O monte Sinabung, um vulcão de 400 anos considerado extinto, entrou em erupção no dia 29 de agosto e um terremoto de 7,1 graus na escala Richter sacudiu a Nova Zelândia no dia 4 de setembro.

Não há um “comportamento histórico natural que seja possível construir” para quantificar de forma crível essas previsões, segundo a Pesquisa Geológica dos Estados Unidos. Encalham entre 1.200 e 1.600 animais apenas nas costas dos Estados Unidos, segundo um estudo iniciado pelo Serviço de Pesca e Vida Silvestre. A conduta intuitiva dos animais deve ser mais documentada estatisticamente, destacou Arunachalam.

“O comportamento dos animais selvagens diante de desastres naturais continua sendo uma conjectura”, disse à IPS o decano do Instituto de Vida Silvestre da Índia, V. B. Mathur. “Há uma década, quando nos preparávamos para montar um elefante na Reserva de Tigres Kanha, o animal não deixava colocar os arreios. Quatro horas depois ficamos sabendo que houve um terremoto na Indonésia. O treinador atribuiu o nervosismo do animal ao tremor”, disse Mathur. A Reserva, no centro da Índia, fica a cerca de dois mil quilômetros da Indonésia.

A Pesquisa Geológica dos Estados Unidos informou que “não foram ouvidos pássaros cantando” na manhã da erupção vulcânica no monte Saint Helens, no Estado de Washington, em 1980. Moradores das ilhas indianas de Nicobar também observaram que não houve canto de pássaros no amanhecer do terremoto de 2004, na Ásia.

Os primeiros registros do comportamento animal antes de um tremor datam de 373 anos antes de Cristo. Historiadores relatam roedores e cobras abandonando a cidade grega de Hélice dias antes de um terremoto. Em 1975, autoridades chinesas evacuaram a cidade de Haicheng, de um milhão de habitantes, devido ao estranho comportamento de muitos animais. Poucos dias depois houve um terremoto de 7,3 graus na escala Richter. Essa decisão permitiu diminuir a quantidade de vítimas.

Morreram poucos animais selvagens no Parque Nacional Yala, no Sri Lanka, após o tsunami de 2004. Foi observado que elefantes usando rádios-colares se deslocaram terra adentro uma hora antes do tsunami. Na Índia, não morreram animais selvagens, com exceção de dois cervos no Estado de Tamil

Nadu. Envolverde/IPS

Monday, February 21, 2011

Pesquisa liga vírus a sumiço das abelhas

what's happening to bees?

Matéria no jornal Folha de São Paulo com uma hipótese para explicar a epidemia do sumiço das abelhas, CCD (Colony Collapse Disorder).

Pesquisa norte-americana liga vírus a sumiço das abelhas
Monica Girardi
Folha de São Paulo, 7/9/2007

Uma nova pista pode ajudar a solucionar o mistério do sumiço das abelhas, que vem dando um nó na cabeça de apicultores e biólogos mundo afora. Um novo vírus foi considerado o melhor candidato a assassino.

Pesquisadores americanos chegaram a esse resultado ao comparar amostras de colméias doentes (que perderam rapidamente suas abelhas operárias) de vários pontos dos EUA com amostras saudáveis.

Eles identificaram cinco grandes grupos de bactérias, quatro linhagens de fungos e sete tipos de vírus. Mas apenas um deles estava sempre associado ao desaparecimento da Apis mellifera (ou abelha européia) naquele país: o vírus israelense da paralisia aguda (IAPV, na sigla em inglês).

"Se é exatamente um agente causador ou só um marcador muito bom da doença é a próxima questão que precisamos tentar responder", afirmou Diana Cox-Foster, da Universidade Estadual da Pensilvânia. A entomóloga é líder do estudo publicado no site da revista científica americana "Science" (www.scienceexpress.org).

Os demais participantes da pesquisa procuraram ressaltar, em entrevista coletiva, que a descoberta não é definitiva e que o problema ainda não está resolvido. O próximo passo do grupo agora é infectar colônias saudáveis com o IAPV para ver se elas entram em colapso.

Os cientistas suspeitam ainda que a fonte do vírus possa ser a Austrália, visto que os Estados Unidos passaram a importar grandes quantidades de abelhas daquele país desde 2005. Para testar, eles analisaram uma amostra supostamente saudável de abelha de lá e encontraram sinais do IAPV.

Crime sem corpo

O problema, que recebeu o nome de desordem do colapso das colônias (ou CCD), foi observado inicialmente na Europa, mas foi nos EUA que ocorreram os maiores estragos. Desde o final do ano passado, mais da metade dos Estados do país observou uma queda abrupta na população de abelhas. Produtores perderam de 50% a 90% de suas colônias.

O fenômeno tem deixado os biólogos em pânico: afinal, as abelhas são polinizadores, fundamentais para a agricultura (Albert Einstein dizia que, se elas desaparecessem, os humanos sumiriam em cinco anos).

O inseto é conhecido por sua vulnerabilidade, tanto que não chega a ser incomum a morte de uma colméia inteira, e os apicultores estão acostumados a lidar com isso. Mas o curioso no caso da CCD, além da rapidez com que ela se espalha e da sua virulência, é que esse é um crime sem cadáver.

Não são achadas abelhas mortas dentro das colméias ou nas proximidades. Elas literalmente desaparecem. Saem do ninho para coletar néctar e pólem e não voltam mais. No final do processo costumam restar somente a rainha e algumas guardiãs, mas todas acabam morrendo pela falta de comida.

A descoberta do vírus, no entanto, ainda não esclarece por que isso ocorre. "É possível que a infecção altere a habilidade das abelhas de encontrar o caminho de casa, mas não podemos afirmar com certeza", disse à Folha Ian Lipkin, do Centro de Infecção e Imunidade da Universidade Columbia e um dos autores do estudo.

Na mesma edição do jornal, uma outra reportagem comparava com a situação brasileira. O site Jornal da Ciência republicou a matéria.

Colapso no Brasil pode ter causa diferente

Apesar de ser em uma proporção bem menor do que a observada nos EUA, o sumiço de abelhas também tem começado a atingir as culturas no Brasil, segundo relatos de apicultores de Minas, SP e Rio Grande do Sul.
Entretanto os pesquisadores que estudam o caso por aqui não têm certeza de que se trata do mesmo colapso que atinge os insetos americanos. De fato foi registrado um aumento da mortalidade e uma rápida diminuição das colméias, mas a maioria dos corpos é encontrada no local.
O vírus localizado pelos pesquisadores norte-americanos tampouco foi observado no Brasil, mas outros patógenos identificados por eles durante a investigação são comuns por aqui, como o o ácaro Varroa destructor e o fungo Nosema ceranae.

O primeiro é velho conhecido dos cientistas e até hoje não deu muito trabalho para os apicultores brasileiros. "Mas na pesquisa americana ele foi identificado como um facilitador do IAPV, o que merece então nossa atenção", explica o entomólogo David de Jong, do Departamento de Genética da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto.
Já o fungo Nosema causou, sim, um aumento claro de mortalidade nos últimos anos.
Jong alerta ainda para o risco de usar geléia real da China para alimentar as rainhas, como muitos apicultores brasileiros têm feito. No estudo americano foi detectada a presença do vírus no material importado.

Um ponto a favor dos criadores nacionais é que a abelha cultivada aqui é mais robusta. Conhecida como africanizada, ela é uma mistura da variante européia com a selvagem africana, que se espalhou pelo país e por todo o continente nos anos 1960.
A mistura foi um descuido do geneticista brasileiro Warwick Kerr, que na época estudava a africana e sem querer deixou alguns exemplares escaparem.
Os animais resultantes eram tão ferozes que foram chamados de assassinos. Quase foi a desgraça do pesquisador. A resistência dos híbridos hoje é sua redenção.

Notícia na Folha sobre desaparecimento em massa de abelhas


Bee Mourning, upload feito originalmente por d.l.downsouth.

Encontrei essa notícia de 2007 publicada no jornal Folha de São Paulo sobre a CCD (Colony Collapse Disorder). No final cita que houve um precedente na França, causada por um agrotóxico hoje proibido. Mas claro que o mais espantoso na epidemia recente é a total ausência de cadávares ou insetos mortos no local das colméias.
Desaparecimento em massa de abelhas nos EUA permanece inexplicável
Folha de São Paulo - 6/4/2007
da France Presse, em Washington

A inquietação cresce entre os apicultores americanos pelo misterioso desaparecimento de milhões de abelhas nos últimos meses, problema que ameaça a produção nacional de mel e as colheitas que dependem do papel-chave destes insetos na polinização.

Entre 30 e 60% das abelhas sumiram na Califórnia (oeste) e mais de 70% em algumas regiões da costa leste e no Texas (sul). A situação é observada em 24 Estados americanos e duas Províncias canadenses, segundo estimativas do Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, na sigla em inglês).

O despovoamento de uma colméia em até 20% durante o inverno é considerado normal, mas os apicultores demonstram preocupação uma vez que as colônias de abelhas domésticas estão em constante diminuição desde 1980 nos Estados Unidos.

Segundo a Usda, atualmente há 2,4 milhões de colméias no país, 25% a menos que em 1980, ao mesmo tempo que o número de apicultores profissionais caiu à metade desde a mesma data.

Sem precedentes

A magnitude deste desaparecimento em massa de abelhas, considerado sem precedentes, levou a associação apícola americana a exigir a ajuda do Congresso em uma audiência recente em Washington.

"Quase 40% das abelhas de minhas 2.000 colônias morreram. Esta é a maior taxa de mortalidade que vi em meus 30 anos de carreira como apicultor", afirmou na semana passada a uma subcomissão agrícola da Câmara de Representantes do Congresso Gene Brandi, presidente da associação de apicultores da Califórnia.

As abelhas domésticas são essenciais para a polinização de mais de 90 tipos de frutas e legumes, cujas colheitas estão avaliadas em 15 bilhões de dólares por ano, 6 bilhões apenas na Califórnia.

O cultivo de amêndoas neste Estado gera 2 bilhões de dólares em lucros e depende de 1,4 milhão de abelhas, segundo Brandi.

Colapso das colônias

Diana Cox-Foster, professora de entomologia da Universidade da Pensilvânia, explicou na mesma subcomissão que este novo problema de despovoamento em massa das colméias, batizada de "desordem de colapso de colônias", apresenta sintomas únicos, diferentes dos observados quando acontecem as freqüentes infecções do parasita Varroa jacobsoni, que destrói as larvas.

No caso desta desordem, as colônias de abelhas domésticas sãs diminuem repentinamente, deixando poucas ou nenhuma abelha sobrevivente.

As rainhas - uma em cada colméia e que garantem a reprodução - são encontradas com algumas abelhas adultas na presença de uma importante reserva de comida, mas durante esta crise não foram encontradas abelhas mortas no interior das colônias ou suas proximidades.

O fato de outras abelhas ou parasitas demoraram tanto tempo a instalar-se nas colméias que ficam desertas pela desordem aumenta as especulações da presença de um produto químico ou uma toxina, segundo Diana Cox-Foster.

Todas as abelhas encontradas nas colônias devastadas por este misterioso mal estavam infectadas com uma multidão de microorganismos, vários deles responsáveis por doenças vinculadas ao estresse destes insetos.

Os cientistas mencionam a hipótese de existência de um novo patógeno ou um produto químico que afeta o sistema imunológico das abelhas.

Na França se registrou um caso de despovoamento nos anos 90, atribuído a um inseticida posteriormente proibido no país.

Evento fim do mundo no Facebook, confirme ou não sua presença


Fazendo uma busca no Facebook encontramos vários eventos marcados para a data da profecia maia do fim do mundo em 21 de dezembro de 2012, sexta-feira. Este evento Fim do Mundo no Facebook já tem 11.027 pessoas confirmadas, outras 8.338 usuários preferiram recusar o convite e outros 5.623 ainda estão com as respostas pendentes.
Na pg estão dezenas de comentários bem humorados tanto de pessoas que confirmaram tanto daqueles que recusaram o convite e a idéia do mundo acabar nesta data.
E vc curtiu ou virou fã da idéia? Já foi convidado a confirmar o fim do mundo no Facebook, decidiu o que vai fazer na data da profecia?

Friday, February 18, 2011

Falhas no 3G, Wi-fi e telecomunicações e as explosões solares



Muitas pessoas estão reclamando do aumento das falhas, interrupções, lentidão e baixa velocidade no acesso a internet 3G, wi-fi e transmissões de rádio e TV. Uma das possíveis explicações, além da conhecida rejeição que as companhias telefônicas e de internet tem do consumidor no Brasil, seriam as explosões solares e a radiação emitida no campo magnético da Terra.

Um trecho do documentário no History Channel publicado no YouTube em 2008, já anunciava o ano de 2012 como o auge destas interferências solares nas telecomunicações, mas tem gente relatando o início do problema se intensificando já a partir de agora. O site Inovação Tecnológica citou uma matéria da BBC de 3/2/2010:
Atividades solares poderão interferir nas telecomunicações até 2012

(...) A atividade solar intensa pode prejudicar o campo de proteção magnética da Terra, provocando sérios problemas nos sistemas de comunicação e até mesmo nos sistemas de distribuição de energia elétrica (...)

"Nos últimos três anos, a superfície do Sol havia se acalmado bastante por um tempo. A cada 11 anos as labaredas reaparecem, e de repente vemos a retomada dessa atividade", afirma a astrônoma Heather Couper, ex-presidente da Associação Britânica de Astronomia.

"O Sol é uma grande massa magnética, e se há qualquer interrupção nos campos magnéticos, o Sol fica meio maluco, então temos essas incríveis explosões e labaredas e coisas que provocam fenômenos como as auroras boreais", explica Couper.

"Quando o Sol tem uma labareda, isso pode realmente afetar as conexões elétricas no nosso planeta. Isso já provocou até mesmo no passado a interrupção dos negócios nas bolsas de valores de Tóquio e no Canadá", diz a astrônoma.


Desta forma o efeitos atuais podem ser um indício de que estes estudos e previsões estejam corretos. Isso tudo pode ser um sinal do fim do mundo ao revelar a dependência da humanidade a tecnologia e as ondas eletromagnéticas, incluindo colapsos no transporte aéreo, marítimo, ferroviário, telecomunicações, energia, computadores, games e TVs.

Monday, February 14, 2011

No Brasil esvaziamento de colméias afeta mel


Abelha, upload feito originalmente por Rafael Paulucci.
Na versão impressa do Jornal O Estado de São Paulo, ao lado da matéria que reproduzi aqui no blog: Sumiço de abelhas intriga cientistas. Esta reportagem completava o quadro sobre CCD - Colony Collapse Disorder, epidemia fatal que está fazendo desaparecer colméias inteiras de abelhas nos Estados Unidos e Europa.

No Brasil. esvaziamento de colméias afeta mel
Ricardo Westin, 7/7/2007

O sumiço das abelhas começa a ser motivo de preocupação no Brasil. O fenômeno é observado em colméias do Sudeste e do Centro-Oeste. "Os apicultores estão alarmados", diz a agrônoma Fábia de Mello Pereira, da Embrapa.

"Trabalho com mel há 15 anos e nunca tinha visto nada igual", conta Gilson Buraneli, criador de abelhas em Altinópolis (SP). Em apenas um ano e meio, ele viu suas colméias reduzidas de 70 mil abelhas para 20 mil. A produção anual de mel caiu de 80 kg de mel para 40 kg. "Apesar disso, a qualidade do mel continua a mesma", ele faz questão de frisar.

Pesquisadores investigam se o caso tem relação com a misteriosa desordem do colapso das colônias (CCD) registrada nos EUA e na Europa. Aqui, acredita-se que o fenômeno seja decorrente do uso de inseticidas nas plantações e da infecção por protozoários.
"Nos EUA, as abelhas simplesmente desaparecem. Em Altinópolis, encontramos as abelhas mortas na frente das colméias", compara o biólogo Dejair Message, da Universidade Federal de Viçosa.

Outra diferença é a raça das abelhas. Nos EUA e na Europa, a protagonista é a abelha européia. No Brasil, é a africanizada. Americanos e europeus rejeitam a abelha africanizada por considerá-la agressiva - no Hemisfério Norte, com um certo exagero, ela é conhecida como abelha assassina.

O Ministério da Agricultura está acompanhando todos os casos. Na semana passada, a Câmara dos Deputados realizou uma audiência só sobre o tema. Em 2004, o Brasil era o quinto maior exportador de mel.
Apesar de menos aterrorizante, por não incluir o sumiço dos cadáveres dos insetos, a diminuição brusca na população é assustadora. Sinal intigrante, revelando o fim do mundo.

Sumiço de abelhas intriga cientistas

Matéria de Ricardo Westin publicada em 7/7/2007 no Jornal O Estado de São Paulo.

Sumiço de abelhas no mundo intriga cientistas
O problema é grave. Em termos ambientais, as abelhas são importantes polinizadores naturais.
Sem fazer alarde nem deixar pistas, abelhas de diversas regiões do planeta estão desaparecendo. Elas saem em busca de néctar e pólen e não retornam mais às suas colméias. Esse misterioso sumiço tem sido notado, nos últimos anos, nos Estados Unidos, no Canadá, em países da Europa e até no Brasil.

O problema é grave. Em termos ambientais, as abelhas são importantes polinizadores naturais. Ao levar o pólen de uma flor a outra, elas induzem a formação de frutos e sementes. Ou seja, são protagonistas na reprodução das plantas.

Em termos econômicos, esses insetos são os mais tarimbados produtores de mel na natureza. Além disso, são cada vez mais empregados na agricultura, polinizando lavouras de abacate, maçã, laranja, amêndoa e cenoura, por exemplo.

O sumiço das abelhas veio à tona no ano passado, nos EUA e no Canadá. No último outono do Hemisfério Norte, criadores que alugam enxames para agricultores se assustaram com um desaparecimento acima da média. Em poucos meses, o problema dizimou abelhas em metade dos 50 Estados americanos e em três províncias canadenses. Apicultores chegaram a perder 90% de suas colméias.

Para uma melhor dimensão do estrago, o biólogo americano Edward O. Wilson amplia o mundo dos insetos à escala humana. "De certa maneira, é o Katrina da entomologia", comparou ele, que é professor da Universidade Harvard, ao jornal Washington Post, citando o furacão que há dois anos matou pelo menos 1,5 mil pessoas nos EUA.

Os americanos batizaram o esvaziamento das colméias de desordem do colapso das colônias (CCD, na sigla em inglês). As razões da alta mortalidade, porém, continuam desconhecidas. Os cientistas estão correndo atrás de uma resposta, mas ainda não conseguiram passar das hipóteses. Talvez seja a intoxicação por inseticidas - cada vez mais usados na agricultura -, talvez a infecção por vírus e ácaros. Diante do mistério, não se descarta nem mesmo a radiação dos telefones celulares.

"Quando uma abelha melífera encontra algo interessante, o grupo inteiro vai junto. É por isso que é tão vulnerável, mais que uma abelha nativa", explica o biólogo americano David De Jong, doutor em entomologia pela Universidade Cornell e professor de genética na Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto.

Uma das dificuldades para apontar a origem da CCD é o fato de as abelhas sem vida serem encontradas dispersas, bem longe das colméias.
Pela matéria sabemos que os cientistas americanos batizaram a misteriosa epidemia de CDD, Colony Collapse Disorder. Em outras matérias que eu li destacavam que os cadávares das abelhas não eram encontrados, as colmeias parecem simplesmente desaparecem. Nesta matéria a informação deixa a entender que os corpos dos insetos mortos são encontrados distantes das colmeias.

De qq forma a reportagem do Estadão continua:
Abelhas no Senado

Nos EUA, o mundo dos insetos foi alçado a assunto de política pública. Em abril, o FDA (a agência responsável pelo controle de remédios e alimentos) realizou um congresso em Washington para discutir o tema. De Jong foi convidado para expor a situação brasileira.

Até a senadora Hillary Clinton, aspirante à presidência, vestiu a camisa dos apicultores. "Precisamos tomar as ações necessárias para ajudar nossos produtores de mel e agricultores e evitar que a situação fique pior", disse ela, que propôs mais verbas para investigações.

A preocupação governamental não é à toa. Por ano, a agricultura que depende da polinização das abelhas - são mais de 90 tipos de alimento - injeta na economia americana a considerável cifra de US$ 14 bilhões (cerca de R$ 26,8 bilhões) por ano.

Os cientistas, porém, não acreditam que o sumiço possa levar à extinção. As abelhas já voavam muito antes do aparecimento do homem. O fóssil mais antigo desse inseto tem 100 milhões de anos. O homem moderno surgiu há cerca de 100 mil anos.
Na versão impressa do jornal, a matéria foi acompanhada da reportagem No Brasil esvaziamento de colméias afeta mel que falava da situação das colméias no Brasil, com reduções drásticas em algumas regiões. O que vcs acham, é ou não é de se arrepiar? Pra mim, um dos sinais mais intrigantes pra quem quer desvendar o fim do mundo.

Sunday, February 13, 2011

Blog Sinais do Fim do Mundo antes que seja tarde


Spanish Days, upload feito originalmente por al cafone.
Na minha família sempre ouvi histórias de como os sinais da natureza são uma forma de comunicação entre o visível e o invisível. Visões de cachorros anunciavam mortes iminentes, borboletas e mariposas dentro de casa eram bons ou maus agouros de acordo com as cores das asas, assim tb com morcegos e outros sinais. Isso deve ser influência do animismo xintoista de Okinawa, Japão, mas na mitologia grega os cães guiam os mortos na canoa que atravessa o rio que separa da vida.

Na faculdade uma tarefa exigiu a leitura do conto Recado do Morro de Guimarães Rosa, os sinais da natureza tb estavam lá, em uma atmosfera interiorana e brasileira, com os sinais prenunciando o desfecho trágico para aqueles que soubessem ou não interpretar. Tb lembro de um artigo que dizia que todo mundo, principalmente na adolescência (tempo onde as pessoas tendem a testar o limite da vida e desafiar a morte), tem a necessidade de acreditar no fim do mundo, materializando em uma data, hora e local, algo que sem o apocalipse definido seria difuso, incerto, desmotivador e ineficaz.

Resolvi abrir este blog depois de ler as notícias sobre o sumiço misterioso de colmeias inteiras no hemisfério norte, a chamada aids das abelhas, e tb pela popularização da lenda do calendário maia ou asteca que prevê o fim do mundo em 2012. Vou tentar publicar e reunir estas notícias, interpretando sob uma visão superticiosa, ocultista e conspiratória, deixando as explicações científicas e exatas para a imprensa e a comunidade acadêmica.

Este post inaugural entra no ar dia 13, número místico que talvez seja algum presságio. Contagem regressiva para o fim do mundo, 2012 está logo aí. Valeu!
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Boo-Box

  ©Template by Dicas Blogger.

TOPO